Duas espécies de ácaros do gênero Trixacarus podem gerar graves dermatopatias em porquinhos da índia e ratos de laboratório. São elas Trixacarus cavie (Figura 1) e Trixacarus diversus.
O ácaro foi primeiramente descrito em colônias de porquinhos da índia na Inglaterra em meados de 1970.
Apesar de semelhantes aos ácaros do gênero Sarcoptes possuem menos da metade do seu tamanho.
As lesões iniciam como áreas eritematosas que evoluem para dermatite pruriginosa seca ou úmida podendo apresentar crostas.
As áreas geralmente afetadas são cabeça, axila, abdome e parte interna da coxa.
Outros sinais clínicos associados são traumas auto infligidos, infecção bacteriana secundária, alopecia e letargia, em casos graves podem apresentar convulsões e levar ao óbito.
O ectoparasita é capaz de causar infecção subclínica e torna-se ativo em quadros de estresse ou imunossupressão.
O ácaro é transmitido facilmente entre os porquinhos da índia.
Os tutores e trabalhadores de instalações que entram em contato direto podem apresentar lesões de pele papilovesiculares pruriginosas.
Alterações hematológicas são relacionadas a heterofilia, monocitose, eosinofilia e basofilia.
O controle da infecção é baseado no tratamento do pet acometido e na higienização do ambiente em que vive.
Figura 1- Raspado de pele de porquinho da índia apresentando ácaro Trixacarus caviae.
Referências
Mullen, G. R., OConor, B. M. Mites (acari). Medical and Veterinary Entomology. ed. 3, p. 533-602, 2019.
Diagnosis - Mange due to T. caviae infestation. Lab Animal, v. 36, p. 10-18, 2007.
Comentarios