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Ciclo estral e a avaliação de progesterona nas gatas domésticas


A ovulação nas gatas é geralmente induzida pelo estímulo do coito, todavia existem evidências de que algumas gatas podem ovular espontaneamente. A estimulação vaginal durante o acasalamento induz um aumento de disparos neurais no hipotálamo, desencadeando um aumento na liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GRH). Essa liberação de GnRH causa o aumento do hormônio luteinizante (LH) e induz a ovulação.


A ovulação pode, portanto, ocorrer dentro de 24 a 52 horas após o pico de LH. Quanto mais tempo a gata estiver em estro mais rápido ocorre a ovulação. Após a ovulação, a gata sai do cio dentro de 24 a 48 horas.


O desenvolvimento folicular na gata ocorre sob a influência do hormônio folículo estimulante (FSH) como em outras espécies, e a produção de estrogênio causa os sinais clínicos e comportamentais de pró-estro e estro. Se a ovulação ocorrer os folículos recém-recrutados começam a crescer e os corpos lúteos se desenvolverão, após o pico de LH.


Embora as gatas possam aceitar o macho durante o segundo ou terceiro dia de crescimento folicular (primeiro e segundo dia do Estro), algumas gatas podem apresentar uma liberação suficiente de LH em resposta à cópula apenas no quarto ou quinto dia.


As gatas parecem necessitar de estimulação com estrogênio por vários dias antes que a cópula possa induzir um pico de LH suficiente para causar a ovulação. Ao contrário da cadela, nesta espécie, os eventos após a ovulação dependerão se o acasalamento foi fértil ou não.


As concentrações plasmáticas de progesterona são basais durante o anestro, interestro, pró-estro e estro antes da ovulação.Em gatas prenhes e pseudoprenhes, a progesterona plasmática começa a aumentar após a ovulação, começando entre 24 horas e 50 horas após o pico de LH. As concentrações máximas variam conforme o indivíduo podendo atingir um máximo de 100-200 nmol/I por volta do dia 20-25 após o primeiro acasalamento.


Em gatas com pseudociese, as concentrações plasmáticas começam a diminuir por volta do dia 25 pós ovulação e atingem valores basais por volta dos dias 30-40,quando o corpo lúteo parece estar pré-programado para sofrer atrofia devido provavelmente ao não há suporte luteotrófico do embrião ou da placenta.


Nas gatas prenhes as concentrações de progesterona permanecem altas antes de declinar rapidamente no final da gestação. Na gata grávida, por volta do dia 25-35, ocorre uma diminuição inicial da progesterona, mas os valores permanecem estáveis ​​em aproximadamente 15-30 mol/(5-10 ng/ml) e não diminua abaixo de 3-5 mol/(1-1,6 ng/ml) até o dia 60.


Na gata, a progesterona é necessária durante toda a gestação para manter a gestação, embora as gatas ainda possam permanecer grávidas por alguns dias após as concentrações plasmáticas terem diminuído abaixo de 3 mol/L (<1 ng/l ml), a aparente concentração mínima necessária de progesterona para manter a gravidez.


Os corpos lúteos continuam sendo a principal fonte de progesterona. A placenta produz uma quantidade muito pequena, insuficiente para manter a gravidez, ou não secreta nenhuma progesterona. De fato, a ovariectomia realizada durante qualquer estágio da gravidez resulta em um declínio da progesterona plasmática abaixo de 3 mol/ (<1 ng/ml) dentro de 48 horas após a cirurgia.


Acredita-se que nas gatas, é provável que o sinal para manutenção do corpo lúteo e impedir sua regressão se origine do útero, do feto e da placenta. Outros fatores possivelmente envolvidos na manutenção do corpo lúteo durante a gestação são a prolactina e a relaxina, que foram identificadas como possíveis luteotrofinas em cães.






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