A incidência cada vez maior de relatos de infecções invasivas causadas por fungos gerou grande preocupação e a necessidade por estudos voltados a epidemiologia, vigilância da resistência e comparação da atividade in vitro dos antifúngicos novos e os já existentes.
O teste de suscetibilidade antifúngica são recomendados sempre que o paciente é acometido de forma invasiva, na ocorrência de falha terapêutica ou quando não é possível prever a sensibilidade através da identificação da espécie.
A determinação da suscetibilidade de um isolado pode ser realizada por métodos comerciais ou por método de referência (MIC) ditados por instituições reconhecidas por sua excelência em normas de qualidade laboratorial.
Infelizmente não ainda não existem regras padronizadas que permitam a execução do exame para todos os tipos de fungos.
A realização do antifungigrama é restrita apenas para alguns fungos e leveduras causadores de doenças invasivas. No Brasil o BRcast possui parâmetros de interpretação apenas para algumas espécies de Candida, Cryptococcus e fungos filamentosos do gênero Aspergillus. Este exame atualmente não abrange todas as formas de levedura ou de fungos dimórficos (Ex: Histoplasma spp. e Sporothrix spp.) ou mesmo os dermatófitos.
Por essa razão antes de solicitar recomendamos consultar o seu laboratório de apoio sobre a existência de novas atualizações na literatura e aguardar a liberação do resultado da identificação do agente isolado em cultura.
Polliana Alves Franco
Responsável Técnica
CRMV-MS 3097
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